Publico aqui, texto que escrevi baseado em meus estudos sobre o caso do escoteiro Marco Aurélio. Veja aqui o texto completo com as figuras em PDF.
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Contextualização
Este texto nasce de uma abordagem geográfica do caso de desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon durante ascensão ao Pico dos Marins em junho de 1985. Pretende-se extrair e organizar informações espaciais a partir dos registros do caso (livro, inquérito policial, jornais e entrevistas). Outro objetivo é traçar um paralelo do caso Marco Aurélio em 1985 com o caso Gilbert Eric Welterlin em 2018 que permite desenvolver a hipótese de desorientação do escoteiro e demonstrar ser esta a mais provável causa do desaparecimento. O presente documento será atualizado conforme surjam novas contribuições e informações.
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Resumo do caso
Corria o ano de 1985 e durante o feriado de Corpus Christi um grupo de quatro escoteiros e seu líder empreenderam uma tentativa de subida ao Pico dos Marins. Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon, então com quinze anos, encontrava-se descendo a montanha com os demais, pois não alcançaram o cume devido a contusão de um dos escoteiros. Porque a descida do debilitado demorasse, Marco Aurélio se voluntariou a descer na frente em busca de auxílio para o grupo. Eram 14h do dia oito de junho e Marco Aurélio partiu na sua missão, porém não foi mais visto.
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Descrição da subida ao Marins
O Pico dos Marins é uma montanha
da Serra da Mantiqueira com altitude de 2.422 metros acima do nível do mar. O
cume se localiza no município paulista de Piquete, porém, o maciço também engloba
o município mineiro de Marmelópolis.
A trilha que dá acesso ao
Pico dos Marins basicamente manteve-se a mesma desde 1985 até 2022 (Figura 1). Ainda pretendo obter uma
aerofoto da região do ano de 1978 que faz parte do acervo da empresa Base
Aerofotogrametria para enriquecer este documento.
Estacionam-se os veículos
no atual refúgio ou base do Marins, onde em 1985 residia o senhor Afonso Egídio
Xavier e família. Dali segue-se a pé uma trilha pela mata que sobe em direção
ao Morro do Careca, por vezes cruzando uma estrada de terra que levava ao morro
ou por ela seguindo. Na primeira vez em que lá estive, nos dias 20 e
21/08/2005, ainda era possível subir de carro até o Morro do Careca, pois lá chegamos
com um Renault Twingo e um Volkswagen Gol. Na segunda vez em que lá estive, em
maio de 2008, a estrada já estava fechada, ainda assim conseguimos percorrê-la
com um Suzuki Vitara. Na terceira vez, Páscoa de 2011, já não mais subiam
veículos ao morro e na quarta vez em 17/06/2022 constatei que árvores e erosões
bloqueavam a estrada de chão que somente era percorrida a pé.
O Morro do Careca situa-se
a 1.792 m de altitude, dali a trilha adentra uma pequena porção de mata nebular
e logo se inicia a subida em campos de altitude e pedras. Neste trecho a trilha
percorre basicamente a linha divisora de águas que serve como limite estadual. À
mão esquerda de quem sobe as águas drenam para o ribeirão Saiqui, afluente do
rio Lourenço Velho, tributário do rio Sapucaí, bacia do rio Grande, estado de
Minas Gerais. À direita encontra-se o ribeirão Passa Quatro (ou dos Marins),
bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, estado de São Paulo. O relevo na
porção mineira é suave se comparado ao abrupto e profundo vale que neste trecho
da trilha existe no lado paulista, denominado pelo explorador Márcio Bortolusso
como “Cânion do Marins”.
Após o Careca, o próximo
ponto de referência na trilha é o chamado Portal, uma rocha fendida no centro –
ou duas pouco afastadas - por onde uma pessoa pode passar (Figura 2). Os pontos de referência são
escassos na montanha por isso é bom enfatizá-los neste texto, seus nomes são
atribuídos pelos montanhistas de acordo com a aparência percebida e podem mudar
ao longo do tempo. Ressalta-se que do Careca até meio caminho do Portal a
trilha tem aspecto de chão batido, pelo menos após 2005, o que é visível nas
imagens de satélite do Google Earth. Em 1985 a quantidade de montanhistas era
menor, mas uma imagem aérea em data próxima sanaria a dúvida.
Adiante do Portal a trilha continua
subindo e deriva-se à esquerda para contornar um cocuruto, o morro da Cruz de
Ferro (Figura
3). Nesta derivação é visível uma
rocha com formato de golfinho apoiada sobre outra, conhecida como Pedra do
Golfinho (Figura 4). Vale destacar que até os anos
1950, segundo consta no livro Operação Marins, a trilha seguia sem desviar do
morro e passava pela Cruz de Ferro. Esta variante original foi fechada pelo
guia Carlos Vieira por motivos não citados na obra. O fato é que existe um
paredão de rocha quase vertical na base do morro, que demandaria do montanhista
subir por fendas usando as mãos para pouco adiante baixar novamente.
O senhor Afonso Ribeiro de Freitas (não confundir com o Xavier), nasceu em 1962 e sobe o Marins desde os 7 anos. É guia da montanha, explorador e morador da região abaixo do Pico no lado mineiro. Contou-me em 18/04/2022 que quando tinha entre 11 e 12 anos subiu uma única vez pela trilha da Cruz de Ferro, com seu avô. Na mesma conversa ele me relatou que esta Cruz foi ali colocada por um padre que pretendia rezar uma missa no cume do Marins, mas por estar fora de forma física não logrou chegar ao seu destino, abreviando a subida, rezando a missa e fincando a cruz neste morrote. Isto se passou antes de ele nascer (1962) e o senhor Afonso Egídio Xavier teria participado da missa. A importância da Cruz de Ferro reside em ser a única estrutura construída pelo homem que servia de ponto de referência e aparece no croqui da Polícia elaborado à época do desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio. E 17/06/2022 não consegui encontrar a Cruz de Ferro, o guia Afonso me havia dito que também não a encontrou em suas passagens recentes por lá.
Após contornar o morro da
Cruz de Ferro a trilha adentra uma ‘sela’ topográfica, uma espécie de ‘colo’
mais ou menos plano entre dois morros. Tal sela vista por imagem de satélite
parece ser uma falha geológica. É nesta sela que existe uma entrada mais ou
menos suave para o Cânion do Marins (que não é a trilha do cume), à mão direita
de quem sobe. Foi aqui, em 16/04/2018, que o corredor de montanha Gilbert Eric
Welterlin se desviou da trilha e entrou no Cânion, conforme registro do seu
relógio GPS (Figura 5).
Depois da ‘sela’ a trilha
envereda por um morro bem íngreme, sempre entre pedras, e adiante faz um
contorno à esquerda para desviar de uma face quase vertical e intransponível a
pé. Ao final deste desvio há um desnível de uns 5 metros, conhecido como
Elevador, uma parte que exige o uso das mãos segurando na fenda para vencer a
diferença de altura (Figura
7). É a única parte da trilha que
requer escalar, ainda que sem cordas, embora perfeitamente possível para uma
pessoa comum que receba ajuda de outros.
Continuando a subida por lajeados íngremes de rocha, chega-se num platô, uma área mais ou menos plana em que existem águas das vertentes que se acumulam e formam o Ribeirão Passa Quatro, ou ‘Água’ do Marins (Figura 8). Estas águas escoam para o Cânion do Marins, bacia do Rio Paraíba do Sul (SP). Neste local é possível avistar, a partir da trilha, o Pico do Marinzinho à esquerda e o Pico dos Marins em frente. Após este platô existe a parte final da trilha que é o ataque ao cume.
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Análise do croqui da Polícia
O croqui elaborado pela
Polícia paulista à época das investigações é, em minha visão, o documento
primário mais importante para entender os locais onde ocorreram os fatos (Figura 9). O croqui, embora não seja um
mapa, apresenta as posições relativas e as direções aproximadas. Vamos nos
concentrar em três fatos que forçaram o grupo a desistir da subida ao cume e retornar
para a base: (1) ferimento de Oswaldo; (2) separação de Marco Aurélio dos
demais e (3) caminho de retorno do guia e os três escoteiros. Uma importante
constatação é que as três ocorrências se dão antes da Cruz de Ferro para quem
desce a trilha no sentido cume-base. Infelizmente o desenho não assinala a
pedra em que foi avistada a marca de giz ‘240’ deixada por Marco Aurélio, mas
podemos inferir que sua localização é também antes da Cruz de Ferro sentido
cume-base, do contrário os demais escoteiros não a teriam visto.
(1) Ferimento de Oswaldo. O
documento gráfico destaca um “paredão de pedra” como sendo o “local
onde Oswaldo feriu-se, segundo todos os informantes do grupo”. Não se sabe
se este paredão de pedras seria o local conhecido por Elevador (Figura 7). Seria necessário buscar por
fotografias da reconstituição do caso no inquérito policial, caso existam, e
compará-las com as dos dias atuais pois o terreno não mudou nestes 37 anos. No
croqui consta uma estimativa de mais ou menos 1.100 metros de distância ente o
local do ferimento e o morro do Careca, porém não sabemos como foi realizada
esta medição na época haja vista a distância medida em linha reta pelo Google
Earth do Careca até a Cruz de Ferro ser de 1.300 m.
(2) Separação de Marco
Aurélio dos demais. O desenho da Polícia assinala que a “possível direção
tomada por Marco Aurélio” é no rumo da Cruz de Ferro, para quem desce a
trilha. Aqui se abre a possibilidade de que Marco Aurélio tenha se desorientado
na descida mantendo-se à esquerda e entrando no Cânion do Marins no mesmo ponto
em que Gilbert Eric Welterlin entrou em 2018 (Figura 6). Neste ponto da trilha não há um
chão batido que permita seguir o caminho inequivocadamente. Por experiência
própria, em minha quarta subida ao Marins (2022), com um casal de amigos, nos
desgarramos da trilha algumas vezes por não mais de trinta metros, pois como
seguíamos com um GPS Garmin Etrex Vista alimentado com o trajeto (tracklog) nos
foi possível retornar ao caminho correto. Acrescenta-se o fato de que em 1985
não deveriam existir as pinturas de setas nas rochas indicando o caminho.
(3) Caminho de retorno do guia e os três escoteiros. Aqui se nota que o “caminho de descida de Juan” conduziu o grupo à direita da trilha principal na descendente. A “trilha feita por Juan no mato fechado” indica que foi muito penosa a caminhada por mata fechada até alcançar as duas casas da fazenda do senhor Filinho por detrás, ou seja, de quem vem da mata. Antes de chegar à fazenda o grupo cruzou um córrego. Aqui o croqui conflita com a informação constante no livro Operação Marins, segundo o qual o grupo se deparou com um córrego de forte correnteza (somente poderia ser o Ribeirão Saiqui), desviou, chegou a uma estrada de terra, caminharam seis quilômetros e chegaram à casa do senhor Filinho. Mas a análise geográfica nos permite ver que para adentrar o vale que leva à casa do sr. Filinho, o grupo teria que ter se desviado à direita no mais tardar na região 50 metros antes de chegar à Pedra do Golfinho (Figura 10). Se o desvio ocorresse no Portal eles adentrariam um vale cuja saída é a estrada do Saiqui, próximo ao Sítio Bicho do Mato (que não existia à época, mas aqui utilizo como ponto de referência). Criou-se uma ‘lenda’ de que a última marcação de giz de Marco Aurélio que foi avistada pelos demais ocorreu no Portal, há vídeos no YouTube reproduzindo tal hipótese. Porém, tal afirmação não encontra guarida no croqui da Polícia e no fato inegável de que os escoteiros chegaram à casa do sr. Filinho vindos por detrás da segunda casa (da mata). Para concluir o acima citado, assumo como certo de que o grupo após se desviar à direita foi sempre descendo, o que invariavelmente os levaria ao fundo de vale. Do contrário teriam que encarar uma subida de uma vertente para sair em outro vale.
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O Cânion do Marins e a hipótese de desorientação
Já nos referimos ao Cânion
do Marins, um local extremamente inóspito e instransponível (Figura 11). Em minhas pesquisas, localizei
unicamente o relato escrito de Márcio Bortolusso, explorador e fotógrafo, que
empreendeu no ano de 2001 uma tentativa de percorrer todo o Cânion desde a água
do Marins até as fazendas do vale do Paraíba. Reproduzo aqui suas palavras na
íntegra, conforme extraídas do seu site www.photoverde.com.br
em 28/08/2022:
EXPEDIÇÃO
CÂNION DO PICO DOS MARINS - 2001
Uma
das minhas primeiras expedições, com logística bem mais simplificada que as
atuais, mas sem dúvida uma das mais emocionantes e engrandecedoras. Em
solitário, 1ª descida do Ribeirão do Passa Quatro a partir da nascente do Pico
dos Marins, uma das mais altas do Brasil, expedição minimalista que na época
resultou na exploração do cânion mais alto já percorrido no país (a partir dos
2.200 m.s.n.m.).
No
total foram mais de 40 km de marcha, sendo que no primeiro dia acabei subindo
até o cume em poucas horas, retornei até o estacionamento devido a aproximação
de uma tempestade e subi novamente voando na sequência (correndo), fazendo em
menos de uma hora o trajeto de cerca de quatro horas.
Ao
longo de dois quilômetros percorridos pelo acidentado cânion precisei rastejar
centenas de metros por tocas e passagens tão estreitas que cheguei a entalar,
realizar dezenas de rapéis usando apenas ancoragens naturais, saltar sobre
intermináveis blocos e fendas profundas e rasgar uma das matas mais fechadas
que eu já encarei... tendo que recuar várias vezes após horas de labuta. E
depois de muito sofrer com forte sede, calor, dores e cansaço, decidi abortar o
objetivo inicial de alcançar as distantes fazendas localizadas ao fundo do Vale
do Paraíba e fui forçado a empreender uma desesperadora rota de fuga que
incluiu escaladas sem corda (curtas, mas que me deixaram aterrorizado) e a travessia
de uma sinistra garganta que me obrigou a instalar rapeis em duvidosas raízes e
arbustos em paredes formadas por instáveis blocos e vegetação - jamais
esquecerei a tensão e a quantidade de terra e pedras que tomei na cara durante
a descida até o fundo de uma greta tão escura que precisei da lanterna para
sair.
Mas
pior do que me esfolar entre ilhas de espinhais ou suar como um condenado, por
noites intermináveis eu bivaquei entocado entre pedras úmidas e arbustos
pontiagudos apenas protegido por um pedaço de lona plástica em madrugadas de
até -10º C. Minimalista ao extremo, buscando o menor peso e volume nesta
expedição, além de dispensar barraca, isolante e saco de dormir eu arrisquei ir
apenas com uma cargueira, uma vestimenta de neoprene (incluindo finas botas de
Mergulho que destruíram os meus pés após dezenas de quilômetros), uma camiseta
e um casaco (sempre secos), uma corda semi-estática de apenas 16 metros (com
certificação NFPA para aguentar afiadas quinas), um capacete com lanterna, meia
dúzia de fitas e mosquetões (incluindo para um freio e uma cadeirinha
improvisados), um jogo de entaladores tipo stopper, um kit de sobrevivência e
Primeiros Socorros, lanches prontos (dispensando panela, fogareiro e
combustível) e, lamentando mais que pela fome e sede, apenas uma câmera Sea
& Sea Motormarine II, a minha velha guerreira Canon T-90 com uma lente
28-70 e uns 3 ou 4 "volumosos" filmes Kodak Ektachrome E100 VS.
Assim
que alcancei as altas e seguras cristas da rota “normal” que leva ao cume do Pico
dos Marins vibrei com mais um “nasci de novo”. E, cheirando como uma capivara,
cambaleante devido à fraqueza e sugado devido aos duros dias e longas noites
(emagreci uma média de um quilo por dia), retornei para casa comemorando pelo
enorme aprendizado, que me fez evoluir em poucos dias mais do que em anos em
uma cara faculdade. Presságio de novas explorações em cânions intocados? Quem
sabe... Gratidão eterna à revista Adventure e as marcas Half Dome, MARES - just
add water, SEA&SEA Underwater Imaging e By.
Do relato de Márcio podemos
ter uma ideia do desafio que o experiente explorador encetou para conseguir
sair com vida do Cânion, mesmo se preparando para a empreitada. Ainda do relato
advém a constatação de que o Cânion é um lugar geográfico em que o risco de
morte é altíssimo. Esse fato é corroborado pela evidência de que nenhuma
propriedade rural requereu posse desta área no Cadastro Ambiental Rural (CAR),
essa porção de terra ao que tudo indica sequer foi desbravada pelos
colonizadores.
Se Márcio de lá retornou
com vida, infelizmente o mesmo não ocorreu com o corredor de montanha Gilbert
Eric Welterlin, que adentrou no Cânion em 16/04/2018 e foi encontrado morto em
05/05/2018. O corredor empreendeu uma tarefa hercúlea para salvar sua vida, e
pereceu a apenas 200 metros de distância de uma pastagem (Figura 12). As minhas sinceras condolências
à sua esposa e família, se aqui o cito é para que possamos inferir com seu caso
um paralelo ao caso Marco Aurélio. O corpo de Welterlin foi encontrado pelo
produtor rural Rafael dos Santos Silva que ao manejar o gado em um pasto sentiu
um forte odor e pensando se tratar de um boi adentrou a mata até se deparar com
o corpo de Eric recostado sobre uma pedra ao lado do curso d’água que forma o
Cânion. Se estivesse ventando em outra direção jamais saberíamos hoje a
trajetória percorrida por Eric (Figura 13 e Figura 14).
A hipótese de que Marco Aurélio se desorientou na trilha surge de uma noção de probabilidade, parte-se do que é mais provável para o menos provável. É comum que pessoas se percam no Pico dos Marins quase todos os anos, informação que me foi passada por um bombeiro de Itajubá muitos anos atrás. Sem dúvida, se perder na trilha é muitíssimo mais provável do que outras hipóteses. Os que se perdem são encontrados depois de um tempo, e nem todos os casos são noticiados. Apenas dois casos permanecem sem solução, o de Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon em 1985 e o de João Carlos Xavier em 1989. Se assumirmos que a causa mais provável do desaparecimento de Marco Aurélio foi a desorientação, então o local geográfico com o maior risco de não retorno é o indubitavelmente o Cânion do Marins, conforme ficou demonstrado pelo relato de Bortolusso e o caso Welterlin. A esperança de encontrar vestígios de Marco Aurélio reside em delimitar as buscas no talvegue do Cânion (pois o terreno empurra o caminhante lá) e na área de mata fechada, pois os campos abertos foram explorados de helicóptero à época. Vejo que os detectores de metal portáteis desempenhariam papel fundamental nesta busca, pois o escoteiro levava uma fivela de cinto metálica de tamanho grande. Qualquer expedição de busca deve levar em conta a segurança em primeiro lugar, planejamento cuidadoso e participação das autoridades (mateiros, montanhistas, bombeiros, grupamento de selva do Exército e outros). Por fim, andei pesquisando sobre drones com detectores de metais existentes no mercado, porém os testes forneceram resultados em condições de grama baixa e metais à superfície. É possível que a tecnologia avance no futuro e possa ser aplicada ao caso.